Após um breve hiato, estou de volta a um emprego.
Estranhamente, o alívio é maior para os meus amigos do que para mim. De alguma forma que eu não consigo comprender, eu recuperei uma condição de normalidade que o desemprego havia me tomado. Acho que muitos deles tinham medo de eu cumprir a ameaça de virar o Grande Lebowski.
Nesses 6 meses em que eu tive tempo para pensar na vida, no mundo e principalmente na poeirinha que tinha dentro do meu umbigo, cheguei a conclusão que há muita coisa para fazer com o tempo livre. Me mantive ocupado, para horror da minha mãe, por exemplo, com coisas etéreas como cursos de filosofia e cinema, exposições gratuitas. Escrevi um livro, escrevi gratuitamente textos encomendados.
Estava contente como só estive em períodos de férias. Aliás, descobri que essa é a minha maior aptidão profissional: tirar férias. Um monte de caras trabalham mais e melhor que eu. Mas em férias, dou um pau em qualquer um. Eu de férias sou genial.
Enfim voltei, mas não capitulei. Espero fazer esse lance render um colchão de garoupas e onças pintadas, onde rolarei feliz feito Tio Patinhas dentro de um ano. Tá bem, tá bem: uma esteira de garoupas e onças pintadas.
E aí voltarei a pensar na vida, no mundo, e na poeirinha que estiver dentro do meu umbigo.
Porque trabalhar dá um trabalho miserável.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
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