quinta-feira, 27 de agosto de 2009



Born Ruffians

Trio de canadenses, liderados por um tal Luke Lalond que é os cornos do Bob Dylan quando jovem.

Eu os descobri de um jeito absolutamente cibernético: desembarcaria em NY dali dez dias. Entrei no site do Mercury Lounge, vi quem tocaria lá durante minha estada, baixei umas 5 músicas de cada banda e saí comprando ingressos.

Born Ruffians foi o melhor. É como se fosse um Bright Eyes não-deprimido: som quase cru, meio folk em algumas músicas, e se apoia bastante na voz estridente do vocalista. No palco ele chega a usar um microfone abafado, desses com nariz de palhaço, para criar uns efeitos de coro muito interessantes. Sua voz é o ponto focal da banda, tem muito alcance para cima e para baixo também, como em Red, Yellow and Blue.

Me parece mais uma vitória da nova música, pós-consolidação do mp3. Essa nova música é feita por gente competente, muito mais esperta do que os caras que construíram o rock na base da rebeldia, talento e inconsequência. Essa nova geração é mais antenada com o lado profissional da atividade, porque puderam copiar os acertos e pular os erros de quem veio antes. Mais ainda, sabem que para aparecer no meio dos milhões de bandas do myspace e da Last FM não tem outro jeito que não tocar muito na hora do show.

Born Ruffians é uma bandinha bem interessante. Quando aparecer no Nokia Trends ou em algum outro desses festivais que apresentam a penúltima palavra em música indie, lembre-se: você viu primeiro aqui.

Born Ruffians, I Need a Life.

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