sexta-feira, 22 de agosto de 2008

É OURO, PORRA!


Essa Maurren Maggi dá um caldo.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Needles and Pins.

Quase todo mundo que conhece música e merece meu respeito - Lester Bangs, Chuck Klosterman, Luis Caldas - amam os Ramones.

Já eu, só gosto de uma música: Needles and Pins. É uma regravação de uma balada romântica dos anos 50. E todo mundo acha uma merda. Em qualquer playlist que eu tente escondê-la, ela toma vaias. Eu defendo que é do Ramones, todo mundo odeia.

É duro ser búfalo no meio de uma manada de gnus mancos.

Nem tudo está perdido, Brasil. Ainda falta perder no revezamento.

As três frases mais ouvidas na TV:

1) ... está fora da disputa por medalhas.
2) ... se despede das Olimpíadas.
3) "Fiz o meu melhor mas não deu."

Obs: Eu sei que não devia falar mais desse assunto. Mas depois de assistir ao papelão contra a Argentina, não resisti. Acho que o Ronaldinho devia mudar de apelido. E como Ronaldo Gordo já está sendo usado, ele podia virar Ronaldo Sedã, o meia com o maior porta-mala da categoria.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Post Final sobre a Olimpíada.

Nada mais precisa ser dito pelo Búfalo Filhote a respeito dos Jogos Olímpicos de 2008. Não depois de ler esse blog: é genial.

Bronze Brasil 2008: No bronze a gente é ouro.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Post semi-final sobre a Olimpíada.

Durante os intervalos das provas de natação, na China, toca Ilari Ilari Ilari-ê, da Xuxa.
Posso estar louco, mas juro que ouvi.

Classe A gargalhada.

A Bufalo Filhote Ltda. recentemente contratou uma consultoria de marketing para estudar a audiência maciça que o blog vem recebendo. Quem sabe eu em breve começo a postar anúncios publicitários, além dessas bistecas filosóficas que você, você e você tanto gostam.

Num dos muitos estudos que me apresentaram, saltou aos olhos a definição título deste texto: classe A gargalhada. É assim que o marketing se refere aos ricos. Porque simplesmente dizer classe A não define nem para os marqueteiros o que é um rico - não importam somente as posses materiais ou a renda mensal superior a 685 salários mínimos. Não poderiam adotar o critério das pilhas, A, AA, AAA, AAAA?

Não, é preciso mencionar que os ricos gargalham. Me lembra a lenda da Maria Antonieta sobre os pobres famintos, "não têm pão? Que comam brioches, oras". A classe A gargalhada vai no Shopping Iguatemi comprar uma calça da Diesel por 1000 reais. Paga 150 reais numa taça de champanha Veuve Clicquot no Café de La Musique. Come um sanduíche no Forneria San Paolo por mais cenzão e quer mais é curtir a vida, porque tipo assim, dinheiro tem que circular.

A merda é que de um lugar para o outro o sinal às vezes fecha. E se tem alguém parado na esquina, a gargalhada some rapidinho.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Saco de Olimpíada. Não tem outro assunto?

Após outras 19 derrotas no judô durante a madrugada, o Brasil deposita suas últimas esperanças em Ednanci Silva. Vai com tudo, Ed!!!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Michael Phelps, a lenda.

Por mais que você tente ignorar as Olimpíadas de Beijing, tem horas que é impossível.

Aliás, por que não Pequim? Outro dia me perguntaram onde fica Beijing, se é longe de Pequim.

Mas não dá para ignorar por duas razões. A primeira: a TV só fala disso. Até na RAI, o pior canal de TV do mundo, é o único assunto.

E a segunda: por causa das propagandas falando de Olimpíada. Uma bobajada sem tamanho, uma pior que a outra. E a que mais me irrita é aquela com o Tiago Pereira, nadador brasileiro. O cara carrega tocha debaixo d'água, tira dinheiro debaixo d'água, aplica no overnight debaixo d'água. Mas aí, na hora que vale medalha, nada. "É uma pena, o Brasil está fora das finais...", vamos para o intervalo e lá está o bonitão outra vez.

Já que não tem jeito de não assistir, vou torcer para o Phelps. Pelo menos ele tem cara de ídolo.


segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Almoço.

Quem me visse hoje no restaurante poderia deduzir que eu estava almoçando sozinho.
Eu prefiro dizer que não: estava almoçando com o meu Ego.
E ele só come porcaria.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Abertura da Olímpiada na China.

Como eu previa, a festa de abertura dos Jogos de Pequim foi caída. Um monte de coreografias mal ensaiadas, vários buracos na hora de formar aqueles painéis humanos comunistas, playback na hora da menininha tocar piano.

Um único momento que eu gostei foi quando acenderam a pira olímpica.

Para quem não viu: um monge tibetano sozinho no centro do palco. Ele se ateou fogo e saiu correndo, em chamas, aí pulou dentro da pira e ela acendeu. Achei fudidamente original.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Megasena.

Nem vi quem foi o ganhador da última Megasena acumulada. Mas sempre rolam aquelas conversas, "o que você faria com a grana?".

Eu mandaria fazer uma vinheta igual a do Beto Carrero, com o meu nome escrito pelo chicote, junto com a musiquinha: tan tan tan...bufalofi-LHOTE!!!!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

A um velho amigo.


Tem um conto do Francis Scott Fitzgerald que sempre teve significado especial para mim: um bebê nasce com um corpo de 70 anos. Logo a família percebe que o bebê se desenvolve ao contrário, ele rejuvenesce com o tempo. Num dado momento o bebê fica com a mesma idade que o pai, é quando eles são mais felizes, mas logo em seguida o bebê se torna mais jovem e inexperiente e os dois se desentendem como todo pai e filho. [desculpe se eu estraguei o trabalho do cara, leia o livro que é realmente genial, "Seis Contos da Era do Jazz"].

Sempre brinquei que teria nascido com 70 anos, porque só isso explicaria o meu mau humor e o meu ceticismo com relação à vida. Ao longo desta eu conheci e convenci muita gente de que esta hipótese poderia ser verdade, de tanto que eu sempre me esforcei em ser "maduro para a idade" - ou seja, um chato. Só que ao contrário do Benjamin Button do conto de Fitzgerald, eu não estou mais jovem com a passagem do tempo. Cada dia mais ranzinza e velho, assisto com inveja à juventude de gente que nasceu antes de mim.

Como um amigo que eu tenho há muitos anos. Ele só melhora. As histórias que compartilhamos entre cervejas e partidas de pebolim eu já esqueci. Só lembro que tínhamos perguntas, tínhamos um monte de perguntas, que o monte de gente ao redor era incapaz de responder. Eu um jovem velho de 20 anos, ele um velho jovem de 30. Éramos próximos, nos distanciamos por culpa da vida e quando nos reencontramos já éramos outros: ele um rapaz de 40 e poucos, e eu um velho de 30. Agora estamos mais distantes do que nunca. Nos vimos recentemente num safári que a manada a que pertenço fez pela França. Conversamos pouco, muito menos do que devíamos ter conversado. E agora, há 5 minutos atrás, vi as obras de arte que meu velho amigo anda fazendo em Portugal. Vi que eu posso ter continuado cheio de perguntas, mas o meu amigo não. Ele está cheio de respostas.

Ilustrações de Renato Lopes.