terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Pequena reflexão sobre conformismo.

A vida é cheia de médios e baixos.

O engano, parte 1.

O telefone está enguiçado outra vez. Eu sei que ela já vai começar a me aborrecer. Juro, tem horas que eu não consigo lembrar porque pombas eu casei com essa sujeita. Mulher chata dos infernos, onde já se viu? Ficou pior que a cobra da mãe dela, aquela matou o marido de tanto aborrecimento. Na lua de mel eu já vi que a vaca tinha ido para o brejo, e lá se vão quantos? 30 e tantos anos? Eu merecia uma estátua de ouro. De ouro! Não quis conversa comigo na noite de núpcias, disse que o hotel tinha muito mosquito. E eu lá, com aquele apetite da juventude. Nunca foi muito chegada, essa aí. Sorte que tem a Zuleide no escritório, que me dá carinho e me entende, ah Zuzu, minha flor, minha rainha mulata.
- Zééé! O telefone tá mudo de novo, Zé!
- Eu SEEEEI! Vou ligar na companhia!
- Mas e a casa fica sem telefone? Se mexa, homem de Deus!
- EU VOU LIGAR DO ESCRITÓRIO NA SEGUNDA!!!! Mas será o Benedito, criatura?
Bato a porta de propósito, só pra ela ficar uma fera. O pessoal já deve estar lá pelo segundo chopp na Majórica, deixa eu correr.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Pequena reflexão sobre o desemprego.

Eu nunca tinha dado o devido valor ao trabalho de Tony Ramos em Caminhos do Coração.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Phelps e o bong.


Na época da Olimpíada, todo dia você lia sobre a dieta do Michael Phelps. Três sanduíches com ovo frito, queijo, alface, tomate, cebolas fritas e maionese no café. Em seguida, duas xícaras de café e um omelete de 5 ovos, uma tigela de cereal, três fatias de torrada com açúcar e três panquecas de chocolate. No almoço, meio quilo de macarrão e dois sanduíches grandes de presunto, queijo e maionese. No jantar, uma pizza e mais meio quilo de macarrão.

E agora o mundo se espanta ao descobrir: não era só a natação que dava tanta fome.

A cidade do pecado.

A cidade foi construída no meio do deserto, estrategicamente isolada do restante do país com um único objetivo: permissividade total. Para que todos os pecados sejam praticados sem economia. Jogatina, prostituição, bebedeiras e dinheiro sujo correndo por baixo dos panos. Subornos, desvios, mãos molhadas por todos os lados. E uma gente estranha, que entra e sai dos prédios horrorosos feito autômatos, anestesiados pelo ar condicionado e pela imoralidade daquilo. Tudo é cenográfico, tudo é de mentira, para dar mais seriedade à enganação e disfarçar a realidade sórdida, que é o fato da cidade inteira ser uma arapuca para se roubar dinheiro e... Las Vegas? Que Las Vegas, estou falando de Brasília.

Pequena reflexão sobre a poluição dos oceanos.

Isso aqui enroscado nos meus dedos: alga ou alface?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Trocas. Ou o fim de um casamento em verso.

Trocaram olhares
trocaram sorrisos
trocaram telefones
trocaram pratos
trocaram sobremesas
trocaram beijos
trocaram carícias
trocaram fluidos
trocaram juras
trocaram alianças
trocaram sobrenomes
trocaram ceps
trocaram alvarás
trocaram álibis
trocaram ironias
trocaram acusações
trocaram insultos
trocaram tapas
trocaram papéis
trocaram sobrenomes
trocaram olhares
trocaram de calçada.