terça-feira, 10 de março de 2009

Cinderela.

Estou num café, no shopping mais sofisticado de São Paulo: Cidade Jardim. Ao meu lado uma jovem mãe, elegantíssima, toma um espresso, tendo ao lado sua filhinha de uns 4 anos. O café fica dentro de uma livraria espetacular, enorme e muito bem recheada.

A menininha pergunta: Mãe, onde mora a Cinderela?

Eu levanto os olhos para ela. Linda a menininha, de vestidinho florido, uma versão miniatura de Cinderela.

Sinto vontade de ter uma filha menininha, que me faça perguntas assim deliciosas. Eu sorrio para as duas, porque enquanto as menininhas perguntarem onde vive a Cinderela, há esperança. Não importa o que aconteça em Darfur, ou na Coréia do Norte, ou em Guantânamo.

Mas aí vem a resposta da mãe: Na Disney, filha.

Nada de castelo encantado, de príncipe, de feliz para sempre, de sapatinho de cristal. Só a preguiça mesmo: na Disney.

E eu volto a ser o búfalo filhote, um animal que desconfia até da sombra.

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