quinta-feira, 18 de março de 2010

Cerro Porteño 0 X 1 Mano Menezes.

O jogo de ontem não chegou a me irritar, como bem disse o Casagrande num determinado momento. Me parece que o Mano está seguindo a cartilha do Parreira em 94: existe jogar para ganhar e existe ganhar. A seleção de 82, assim como o Corinthians de 99 na Libertadores (não comparando os times, mas o espírito), jogava para ganhar. E aí o imponderável do futebol cresce, em catimbas, crises nervosas, erros imperdoáveis e fatais como aquela bola do Cerezo ou o pênalti para fora do Marcelinho.

O que me acalmou, apesar da chatice do jogo, foi o cuidado dos jogadores corintianos em não entrar no clima dos paraguaios. O Timão estava roubando a bola com a delicadeza de quem come um sashimi. Estava desarmando com hashis. Foi isso que trancou o jogo, especialmente no meio-campo defensivo mais eficiente que eu vi nos últimos anos: Jucilei, Elias, Ralf. Por ali os paraguaios não passaram nem com muamba.

Lembro de várias entrevistas no ano passado, em que o técnico avisava: vai ser chato, não vai ser jogo bonito, mas vai ser como tem que ser na Libertadores. Ele estabeleceu a meta de 3 pontos fora de casa, já ganhamos quatro. E agora decidiremos no Pacaembu.

E o Gordo? Não me parece que está se importando com a opinião da imprensa e da torcida. Ele fica parado de um lado, feito uma geladeira, 3 zagueiros passam o jogo tentando rodeá-lo, e o Danilo, o Dentinho, o Elias, e até o Jucilei ficam livres. Se os 3 últimos tivessem acertado a finalização, teria sido goleada. Sem dúvida o Ronaldo segue acima do peso e fora de forma. Na entrevista do intervalo ele quase não conseguiu falar com o Mauro Naves por falta de fôlego. Embaraçoso.

Mas estou sentindo firmeza no Mano.

Nenhum comentário: