O que me acalmou, apesar da chatice do jogo, foi o cuidado dos jogadores corintianos em não entrar no clima dos paraguaios. O Timão estava roubando a bola com a delicadeza de quem come um sashimi. Estava desarmando com hashis. Foi isso que trancou o jogo, especialmente no meio-campo defensivo mais eficiente que eu vi nos últimos anos: Jucilei, Elias, Ralf. Por ali os paraguaios não passaram nem com muamba.
Lembro de várias entrevistas no ano passado, em que o técnico avisava: vai ser chato, não vai ser jogo bonito, mas vai ser como tem que ser na Libertadores. Ele estabeleceu a meta de 3 pontos fora de casa, já ganhamos quatro. E agora decidiremos no Pacaembu.
E o Gordo? Não me parece que está se importando com a opinião da imprensa e da torcida. Ele fica parado de um lado, feito uma geladeira, 3 zagueiros passam o jogo tentando rodeá-lo, e o Danilo, o Dentinho, o Elias, e até o Jucilei ficam livres. Se os 3 últimos tivessem acertado a finalização, teria sido goleada. Sem dúvida o Ronaldo segue acima do peso e fora de forma. Na entrevista do intervalo ele quase não conseguiu falar com o Mauro Naves por falta de fôlego. Embaraçoso.
Mas estou sentindo firmeza no Mano.
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