segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Ronaldo Fenômeno: ainda vai dar merda.


Tudo começa com o cara ainda magro jogando pelo Cruzeiro. Ele está escondido atrás da trave, sem que o goleiro Rodolfo Rodriguez perceba. O goleiro solta a bola, o moleque zune lá de trás, rouba e faz o gol. Corta, Ronaldo em 1994 no banco, esperança da nação, campeão sem entrar em campo. Corta, Ronaldo dando o piripaque em 1998, estressado porque o Pedro Bial estava comendo a mulher dele na época, Suzana Werner. Corta, 1999, o cara almoçando a algumas mesas de nós, com a Milene Domingues e a mãe dela a tiracolo. Almoçando mas quase comendo a moça diante da sogra, só para mostrar que ele é bom. Corta, joelho estourando ao vivo na TV num jogo da Inter. Corta, ele tirando foto trincado numa balada, com o sorriso do gato de Alice, abraçado a um dos maiores traficantes de exctasy do país enquanto deveria estar se recuperando. Corta, ele marcando o segundo gol contra a Alemanha na final de 2002.

Corta para a bunda dele quase estourando o short no jogo contra o Japão em 2006. Corta para ele trombando com um zagueiro do Brasil dentro da área. Corta para ele saindo de um treino com uma garrafa de Coca normal, daquelas de 600 ml, quase vazia, e ainda ficando bravo com quem falou para ele mudar pra Coca Light. Corta para ele sendo chapelado pelo Zidane no dia da eliminação. Corta para essa foto que eu vi dele hoje, adiando pela segunda vez sua reestréia no campeonato italiano porque acha melhor "ir com calma". Olha o tamanho da pança, olha a curvatura da camiseta.

Todo esse desabafo não se deve a raiva pela indiferença que o cara tem para com o próprio legado, nem a sua megalomania que pode ser medida em quilos, como a do Maradona. Até porque o Maradona, cá para nós, sempre foi um babaca. O Ronaldo é carismático, é... brother. A gordura do Ronaldo tem mais a ver com a do Elvis, acho eu. Mas aí corta para ele voltando a jogar pela Seleção. Corta para ele indo para a Copa da África. Corta para ele, num treino, escondido atrás da trave esperando o goleiro Júlio Cesar soltar a bola, ele corre, toca antes dela bater no chão e faz o gol. Na saída do treino a imprensa elogia, o clima é ótimo, os jogadores estão leves e confiantes, o Fenômeno está em paz. Só que corta para ele reencontrando a Suzana Werner, no lobby, agora ela é mulher do goleiro Júlio Cesar. A dor de corno volta com toda a força, ele quase derruba a porta do quarto do hotel de tanta raiva. Ele toma todas as Cocas normais do frigobar e tem uma convulsão. Termina com o Brasil perdendo a Copa de novo por causa do Fenômeno.

2 comentários:

Unknown disse...

Hahahaha... Muito boa... Ótima! Adorei teu estilo, e essa revolta contra o fenômeno de gordura expressa o que muitos não tem, sabe-se lá porque, coragem de fazer.

Visite meu blog, caso queira manter contato.

Abraço!
Levi de Freitas

fa13jornalismo.blogspot.com.br

Jorge disse...

AShauhsuahsuahsuahs

Acabo com ele coitaddooo