
Já li em muitas partes e ouvi de muita gente que os interesses financeiros é que mandam. Mas está claro que não se trata disso. Porque o contrato já está firmado e pago, os comerciais já estão filmados. Se ele estivesse só cumprindo compromissos comerciais, como querem acreditar alguns jornalistas e alguns dos meus amigos, por que ele faria cara feia ao ser substituído? Porque ele faz. Fica indignado.
Ronaldo exige ser titular. E eu fico me perguntando o que leva esse cara a desejar passar a vergonha que ele tem passado. Entrar em campo para ser marcado por zagueiros 10 anos mais jovens e 30 quilos mais leves. Que genialidade é essa que ele pensa ter? A de ser o Muhammad Ali?
Eu vi nessa semana o documentário Facing Ali, e é curioso que sim, Ronaldo parece seguir seus passos. Como Ali X Foreman, Ronaldo sabota seu próprio treinamento, inexplicavelmente, tentando conhecer um novo limite para si próprio. Fuma, bebe e come mais do que seria aceitável para um pedreiro, quanto menos para um atleta de ofício. Deixa tudo para o final, aceitando todos os golpes durante toda a luta, e surpreendendo o público no final, com um ataque certeiro.
Será? Será que podemos estar por testemunhar uma das mais espetaculares vitórias pessoais da história, que seria mais um volta por cima deste sujeito inexplicável?
Ou isso, ou o Ronaldo vai deixar mais uma pergunta sem resposta na sua biografia. A se juntar às já esquecidas sobre a final de 98, às relacionadas aos travestis, a nova: o que diabos você veio fazer no Corinthians?
u não sou do tipo que joga na Megasena porque tenho medo de ganhar. Veja, o dinheiro só resolve os seus problemas anteriores, de quando você precisava dele. Possuindo-o em tamanha quantidade imagine o tipo de problemas que você passa a enfrentar. Escuto no rádio sobre o paranaense que levou sozinho o prêmio de mais de 40 milhões, que a partir de agora terá que se preocupar consigo, com a família, com os amigos, com os parentes, com os inimigos e com os parentes. Terá de cumprir a difícil função de ser milionário.
s vezes eu entro aqui, anoto uma frase, e salvo como rascunho. A intenção é voltar outra hora, com mais tempo e um mínimo de inspiração, para transformar a anotação em texto. Na maioria das vezes, eu não volto nunca. E em muitas delas, eu encontro coisas absolutamente incompreensíveis. Como essa, que anotei no dia 15 de outubro: