quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Olimpíada no Rio?

Estava lendo que um dos manda-chuvas da comitiva pró-Rio 2016 é Ricardo Leyser.
Ele foi um dos grandes responsáveis pela organização dos Jogos Panamericanos de 2007 e acaba de ser condenado pelo Tribunal de Contas da União a devolver 16 milhões de reais gastos indevidamente.

E esse é apenas um.

São dezenas, centenas de manda-chuvas, de garfo e faca em riste e guardanapo amarrado no pescoço, esperando o Rio ser escolhido pelo COI para começarem o banquete com o dinheiro público.

Por isso eu digo: ser a favor dos Jogos no Brasil é ser idiota.

Idiota por omissão, embarcando no patriotismo de oportunidade: aquele que aparece quando o Brasil disputa em algum esporte, mas desaparece nas eleições ou na hora de pagar impostos. E quando o cara ganha prata.


Ou idiota por cumplicidade, que é mais típico ainda. Esperando pelas gordas e sujas verbas de publicidade, ou do ágio que se poderá cobrar sobre os poucos quartos de hotel, pouquíssimos lugares nos aviões e pouquérrimos lugares nos restaurantes.

Vi um site pró-candidatura do Rio feito por moradores de Chicago. Me considerei duplamente injuriado. Um, porque como no caso dos containeres de lixo que mandaram da Inglaterra para cá no começo do ano, trata-se outra vez de gringos empurrando pra cá o que eles sabem ser ruim. E dois, porque zombam da nossa hegemônica ingenuidade, com essa aprovação popular que não enxerga meios, só fins.

Se eu tivesse dedos em vez de cascos, estariam cruzados contra Rio 2016. A Copa de 2014 já vai ser roubalheira suficiente.

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