quinta-feira, 1 de outubro de 2009



Franz Ferdinand.

Antes do show, num frio miserável que fazia do lado de fora, encontro com um amigo. Ele me pergunta qual a música que mais quero escutar nesta noite.

Um pouco envergonhado, já que estava entre uma maioria de fãs hardcore da banda, confessei estar ali pelos hits. Na verdade alguns shows têm que ser vistos, não importa o seu grau de preparação - eu prefiro aliás ver ao vivo as bandas que conheço de longe, para ser imparcial na hora de avaliar.

No fundo do palco, um gigantesco banner com o nome da banda. Eu tenho preconceito contra bandas que colocam o próprio nome no palco. Equivale para mim àquelas meninas adolescentes que não conseguem parar de escrever o próprio nome na carteira da escola.

Mas eis que começa. Quebradeira. Ao fim da segunda música, o baixista sorri maravilhado. 99% dos presentes haviam cantado palavra por palavra até ali. Um dos guitarristas, o que parece a mistura entre Violent Femmes e Devo, está fora de si.

Após a terceira música ele afina a guitarra. E o Franz Ferdinand está apavorando. Dica do búfalo para você, que também é um crítico diletante de concertos de rock: quando a banda afina as cordas por volta da terceira música é porque está metendo a mão, empolgada pelo próprio show.

E os caras tocam muito, barbaramente. É fácil cantar junto, porque os hits se sucedem, Ulysses, This Fire, Matinee, Can't Stop Feeling. Aos primeiros acordes de Take Me Out, talvez o maior sucesso deles, a The Week vem abaixo.

Quando saí, já não parecia estar tão frio.

Franz Ferdinand, Matinee.

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