segunda-feira, 6 de outubro de 2008

I hope for my own good.

Jantando num restaurante descolado encontro debaixo do meu guardanapo um outro guardanapo. Também de papel, mas todo diferente, com uns alto relevos imitando bordados. De um lado, tem um 100% carimbado de tinta preta. No outro canto, embaixo, um número 14 carimbado de tinta vermelha. Está claro que o guardanapo veio de fora, de algum outro lugar que não esse restaurante descolado.

Tem algo escrito. Com letra de mulher, em inglês. I hope, for my own good, that he stops calling.

Não entendo porquê alguém, além de tudo uma gringa, escrever isso num guardanapo, levar para um restaurante descolado e deixar escondidinho debaixo de outro guardanapo.

Quem será a gringa? Quem será o sujeito que a ameaça assim, com telefonemas, a ponto dela estar a beira de perder as estribeiras e mandar seus dogmas protestantes para a casa do chapéu?

Será que ela vai entrar no google, como eu entrei, e escrever I hope, for my own good, that he stops calling para ver se alguém achou o guardanapo e colocou num blog? São tempos tão loucos, esses em que a gente vive, que eu não vou me espantar se ela entrar aqui e deixar um comentário.

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